Olá papais e mamães de judoquinhas!
Eu separei para vocês as situações mais comuns de medo de fazer judô. Estas situações são muito comuns. Será que o seu ou a sua judoquinha se identifica com uma destas situações?
Eu criei um vídeo para exemplificar as situações mais comuns de medo de fazer judô:
Para dar continuidade a este assunto com as crianças eu também criei um vídeo chamado “Acredite em Você”
Medo #1
Medo de dar o primeiro passo e subir no tatame!
“Eu sentia medo quando comecei no judô. No primeiro dia eu fiquei assim, não queria subir no tatame. Já passou.”
Esse é um medo que pode durar alguns minutos ou vários treinos, mas sempre é passageiro! O treino de judô pode parecer intimidador para algumas crianças. Cada um tem seu tempo.
Apenas não deixe a criança escolher desistir do judô sem experimentar. Insista em levá-la ao treino, mesmo que ela não suba no tatame. Aos poucos, conforme ela se sente confortável e segura, ela perderá o medo.
Talvez possa ser o caso de procurar um dojô diferente. Nem todo sensei é igual. às vezes a criança não se adapta em um dojô específico.
Medo #2
“Oh não! Que perigoso! Não gosto de brigas! Não quero me machucar nem machucar ninguém! Eu não quero mais fazer judô!”
Judô não é sobre brigas, nem sobre violência. O judô valoriza muito a amizade. Todos são amigos dentro e fora do tatame.
Judô tem regras, não vale tudo. As crianças aprendem as técnicas para derrubar e cair com segurança, além de aprenderem que os golpes de judô só podem ser utilizados durante os treinos e em campeonatos. É proibido usar os golpes contra os amiguinhos na escola ou em qualquer outro lugar. Nos treinos e nas competições as crianças caem em um piso que amortece o impacto do corpo no solo.
Mais importante do que isso, é que todos somos amigos e emprestamos nossos corpos para os nossos amigos se desenvolverem. Nossa luta é com a gente mesmo,uma luta para nos fortalecermos para ajudarmos a transformar o mundo em um lugar melhor para todos!
Medo #3
Medo de lutar
“O Problema é muito grande! Quer saber? Eu vou fugir do Problema!”
Neste vídeo a Pati deve lutar com um menino grande e bem mais graduado do que ela chamado “Problema”.
Apesar desta historinha ser uma metáfora sobre a importância de enfrentar os problemas da vida, essa é uma realidade comum na vida dos judocas, seja na hora do treino livre ou nos campeonatos.
É claro que na vida ou no judô,nem sempre nos sentimos prontos para enfrentar a situação – ou o adversário. Por isso é que focamos no esforço, na dedicação e na persistência. Nem sempre alcançaremos nossos objetivos na primeira tentativa. Nem sempre venceremos as lutas de judô. Mas precisamos trabalhar em nós o espírito de excelência, buscar nos preparar e fazer sempre o nosso melhor.
Medo #4
“Estou com medo de perder e de vocês não gostarem mais de mim!”
Este medo é muuuuuuito comum. As crianças não se importam tanto com o resultado delas no tatame.
Na maioria das vezes os senseis, nesta faixa etária, buscam tranquilizar as crianças para que elas aprendam e se divirtam. As competições para os judoquinhas é um momento preparatório para que elas experimentem lutar com crianças que não conhecem e tenham seus primeiros contatos com as regras de arbitragem e o ambiente competitivo.
As crianças se importam muito com o efeito do seu resultado no comportamento de seus pais. Geralmente os pais vibram muito,saem felizes,abraçam seus filhos, falam alto, demonstram todo o seu orgulho quando seus filhos vencem uma luta. Mas quando perdem… o comportamento muda completamente, e as crianças sentem que decepcionaram seus pais, mesmo quando eles não dizem isso a elas. Tudo o que as crianças querem é ver seus pais felizes e saberem que são amadas por eles.
Medo #5
Os medos dos pais
“Filha, o judô é violento e perigoso.Você não precisa aprender a bater nas pessoas”.
Muitos pais, por desconhecimento dos benefícios e dos objetivos do judô, acreditam que estimula a violência e é uma prática que coloca a integridade física de seus filhos em risco.
É importante salientar que o criador do judô era um educador. O judô foi criado como uma ferramenta de aperfeiçoamento integral do ser humano. O criador do judô também selecionou e ajustou as técnicas que compõem os grupos de golpes do judô de acordo com o princípio da máxima eficiência com o mínimo de esforço e removeu as técnicas mais lesivas.
Medo #6 – Medo de não ser aceito
“Comigo não, eu não quero lutar cm ela, ela não sabe nada, é faixa branca sensei!”
O sensei precisa estar atento à dinâmica do seu dojô. É importante destacar que, no judô, todos somos alunos e professores ao mesmo tempo. Ajudamos e fortalecemos uns aos outros e,um dia, todos fomos iniciantes e alguém se dispôs a nos ensinar. Poder receber bem os alunos novos e ter palavras do bem e de motivação faz parte do papel de cada judoquinha.
Quem pode se sentir bem em um ambiente em que se sente constrangido, ridicularizado e envergonhado? O dojô não pode se transformar em um ambiente enfraquecedor. Ao mesmo tempo em que estes comportamentos são inaceitáveis, podemos ajudar os nossos judoquinhas a permanecerem firmes mesmo diante destas adversidades.
Um abraço de judoca,
Pati
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